Realidade virtual e interatividade

 Sejam bem-vindos ao blog! Este blog foi feito para juntar informação de temas que hoje em dia são cada vez mais importantes, a realidade virtual, e a interatividade. Espero que gostem. Caso não encontrem a informação que precisam, deixarei o link de outros blogs sobre estes temas. No final peço-vos para realizarem o questionário. 

  

Realidade Virtual

      Conceito

 

A realidade virtual consiste em ambientes criados em computador, que nos permite interagir com o "mundo virtual", na realidade virtual existem duas variantes, a realidade imersiva e a não imersiva. 


       Realidade imersiva

A realidade imersiva é quando estamos dentro dum ambiente virtual, e  sentimo-nos no mundo real, numa realidade imersiva o utilizador sente-se dentro do ambiente e consegue interagir com os objetos dessa realidade, por exemplo simuladores muito tecnológicos. Para experimentarmos uma realidade virtual imersiva, precisamos de um capacete de visualização, luvas de dados, auscultadores com 7.1 surround ("áudio 3D"), cadeiras que como na imagem abaixo apresentada, pode efetuar movimentos, etc.
  


    Realidade não imersiva

Na realidade não imersiva, ao contrario da realidade imersiva, o utilizador não se sente incluído dentro do ambiente virtual, por exemplo um jogo de computador normal. Para vivermos uma realidade não imersiva, necessitamos de uns auscultadores, um teclado, um monitor, e um rato.  


Interatividade

     Conceito

A interatividade numa realidade virtual, consiste no utilizador poder dar instruções ao sistema através de ações efetuadas neste e nos seus objetos. Este sistema cria assim, novas situações ao utilizador. Ou seja, existe uma interação entre o utilizador e o sistema usado pelo utilizador.

                                    


   Características e componentes

          Comunicação – estabelece uma transmissão recíproca entre o utilizador e o sistema, através de dispositivos periféricos ligados ao sistema.
 
          Feedback – permite regular a manipulação dos objetos do ambiente virtual a partir dos estímulos sensoriais recebidos do sistema pelo utilizador.

         Controlo e resposta – permitem ao sistema regular e atuar nos comportamentos dos objetos do ambiente virtual. 

         Tempo de resposta – é o tempo que decorre entre a ação do utilizador sobre um dos objetos do ambiente virtual e a correspondente alteração criada pelo sistema.

         Adaptabilidade – é a capacidade que o sistema possui de alterar o ambiente virtual em função das ações do utilizador sobre os objetos deste.



      Relação Homem-máquina

A relação Homem-máquina é, como o próprio nome diz a relação entre o ser humano e as maquinas/tecnologia.
Nesta relação podem ser identificados três níveis de interatividade. São eles: reativa, coativa e proativa.

Reativa – o utilizador tem um controlo limitado sobre o conteúdo do ambiente virtual. A interação e o feedback são controlados pelo sistema e seguem um caminho pré-programado, ou seja, o sistema controla o desenrolar da ação dos utilizadores.

Coativa – o utilizador tem o controlo da sequência, do ritmo e do estilo das ações desenvolvidas sobre o conteúdo do ambiente virtual.

Proativa – o utilizador tem o controlo da estrutura e do conteúdo das ações desenvolvidas no ambiente virtual, ou seja, o utilizador controla dinamicamente o desenvolvimento do conteúdo deste.


      Ação sensorial

A interatividade está também relacionada com a capacidade de despertar sensações. Consoante o grau das sensações que são despertadas no utilizador a interatividade assume diferentes níveis. Os níveis de interatividade segundo a ação sensorial são classificados especificamente em elevado, médio e baixo.

Elevadao utilizador está completamente imerso num ambiente virtual, onde são estimulados todos os seus sentidos.



Média- apenas alguns sentidos do utilizador estão a ser utilizados e exerce um controlo limitado sobre o desenrolar da ação num ambiente virtual.



Baixa- o utilizador não se sente como parte do ambiente virtual e apenas alguns dos seus sentidos estão a ser utilizados.




    Tipos de interatividade

Á algum tempo atrás publiquei o conceito de interatividade, hoje vou falar dos tipos de interatividade que existem.

Linear- o utilizador pode definir o sentido da sequência das ações desenvolvidas no ambiente virtual, mas apenas acedendo à seguinte ou à precedente. Numa interação linear as ações são mais simples de gerar. Este tipo de interatividade desenvolve-se de forma reativa.

De suporte – o utilizador recebe do sistema apoio sobre o seu desempenho através de simples mensagens de ajuda a complexos manuais. Este tipo de interatividade desenvolve-se de forma reativa.

Hierárquica – o utilizador navega no sistema através de um conjunto predefinido de opções, podendo selecionar um trajeto. Este tipo de interatividade desenvolvesse de forma reativa.

Sobre objetos – o utilizador ativa objetos usando o rato ou um outro dispositivo apontador para obter respostas do sistema. Estes objetos alteram o seu funcionamento de acordo com determinados fatores.

Reflexiva – o sistema efetua perguntas que o utilizador responde. Este pode comparar as suas respostas com as de outros utilizadores ou com as de especialistas, permitindo, desta forma, uma reflexão sobre as mesmas. Este tipo de interatividade desenvolve-se de forma proativa.

De hiperligação – o sistema define as ligações necessárias para garantir que o acesso aos seus elementos, por parte do utilizador, seja assegurado por todos os trajetos possíveis ou relevantes, criando um ambiente flexível. Este tipo de interatividade desenvolvesse de forma proativa.

De atualização – a interatividade entre o sistema e o utilizador permite gerar conteúdos atualizados e individualizados em resposta às ações do utilizador. Este tipo de interatividade pode variar de um formato simples de perguntas e de respostas até formatos mais complexos que podem incorporar na sua construção componentes de inteligência artificial. Este tipo de interatividade desenvolve-se de forma proativa.

Construtiva – o utilizador constrói um modelo a partir do manuseamento de objetos componentes deste, atingindo um objetivo específico. Para tal, o utilizador tem de seguir uma sequência correta de ações para que a tarefa seja concluída. Este tipo de interatividade é uma extensão do tipo de interatividade de atualização e desenvolve-se de forma proativa.


      Como avaliar soluções interativas

As soluções interativas de realidade virtual têm como objetivo principal o envolvimento do utilizador, tornando a sua experiência cada vez mais real num ambiente que não é real. Estas soluções precisam de ser avaliadas, em aspetos relacionados com as questões tecnológicas utilizadas, as alterações provocadas ao nível psicológico e social dos utilizadores e a qualidade da aplicação. 

As características que permitem avaliar soluções interativas de uma forma mais completa e objetiva são:

Funcionamento dos dispositivos periféricos e a sua ergonomia;
Qualidade gráfica dos ambientes virtuais e o seu realismo perante o olhar do utilizador;
Contributo para a imersão do utilizador;
Utilização adequada das cores;
Aspetos virtuais;
Qualidade adequada do som;
Qualidade da estimulação táctil e da perceção da força;
Funcionamento e objetivos da simulação;
Outras características mais específicas relacionadas com a área ou domínio em que se insere.





Desenho de soluções interativas

O desenho de soluções interativas deve ser precedido do levantamento de todos os requisitos envolvidos, podendo este ser mais ou menos complexo, de acordo com o tamanho e a complexidade destas.
Os requisitos destes desenhos são:

Definição da solução interativa a desenvolver;
Caracterização do tipo de imersão pretendido;
Avaliação, caracterização e suporte dos vários dispositivos a utilizar;
Definição da capacidade de perceção dos movimentos do utilizador;
Avaliação de recursos e capacidades;
Seleção das ferramentas a utilizar no desenvolvimento;
Criação e edição de formas geométricas e texturas;
Descrição da visão estereoscópica;
Caracterização do hardware, do software e do suporte de rede;
Modelação da ação física do sistema.







      Outros blogs sobre este tema


Comentários

Enviar um comentário